quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Caminho a Bariloche

No dia 28 de Dezembro, ao chegarmos a Neuquén, a Jane quis comer uma "parrillada". Eu, que conheci o prato no Uruguai, fiquei um pouco apreensiva. Não estava nada animada para comer "riñones" e "chinchulin". Não vou explicar aqui o que são essas iguarias da culinária argentina. Deixo a dica, pra quem tiver curiosidade, pesquisar por si só no bom e velho google.

Mas pra encurtar a história, havia um buffet maravilhoso que compensou o mal estar causado por aquelas carnes fritando no óleo em cima da nossa mesa...hehehe.

Fomos até o camping "La Laguna" para passarmos a noite mas, descobrimos que não existe mais.
Acabamos indo ao "Hostal del Caminante" que fica na principal avenida da cidade. Os preços por lá são os mais caros de toda viagem mas, àquela hora, não tínhamos muita escolha.

Na Argentina, tirando Buenos Aires, o horário de saída dos hotéis é 10H00. Isso nos causa um transtorno tremendo, já que sempre viajamos até mais tarde, aproveitando a luminosidade.

No dia 29 partimos para Bariloche, o principal destino de todas as nossas viagens. Seriam apenas 400 km e queríamos chegar cedo para não perdermos o impacto que nos causa a beleza do lago Nahuel Huapi e da cordilheira dos Andes.

Paramos em uma dessas barracas de venda de frutas na beira da estrada e nos deliciamos com cerejas, damascos e pêssegos "dulcíssimos".




Fizemos várias paradas no caminho, ansiando todos pela primeira visão da cordilheira.






Bariloche é, no conjunto, a paisagem mais bela de uma cidade. Realmente fascinante a chegada.
As fotos ficam para o próximo post.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

De Santa Rosa a Neuquén

Dia 28 de Dezembro a meta era chegar a Neuquén, uma região deserta que virou a maior produtora de frutas da Argentina, graças à técnicas de irrigação.

No caminho, as surpresas do deserto, campos e mais campos de girassóis, paisagens de tirar o fôlego, a formação de nuvens de chuva e tempestades elétricas.

Aqui, fica difícil segurar as lágrimas diante da beleza da natureza!


Aqui eu apareço na foto...hehehe. Ao menos a sombra.


Nuvens de chuva localizadas. Lindo!


Quem tem estilo, tem charme até no meio do nada...

Provocação? Armação? Não... é deserto mesmo, poucos arriscam.

Contemplando a imensidão...

Lágrimas? Sim... é difícil segurar.

Cenário de filme épico. Nada X nada...

Reserva Parque Luro

Dormimos em Santa Rosa no dia 27. Fomos para um hotel porque o camping municipal deixou de ser camping e virou apenas uma área de lazer.

No dia 28 seguimos para Neuquén e, no caminho, paramos para conhecer o Parque Luro. Há vários anos passávamos pelo local mas nunca tínhamos tempo para parar.

A área preserva um bosque de uma árvore chamada de caldén, único en el mundo, como a maioria das coisas na Argentina...rs. O caldén é a árvore típica da região de La Pampa e sua madeira era explorada no início do século XX.

O local era a residência de Pedro Luro, um médico, filho de franceses, que construiu um casarão chamado hoje de "Castillo" e considerado monumento histórico nacional.
Pedro Luro fez da propriedade um campo de caça, introduzindo à fauna da região o cervo colorado e o javali.

Seguem algumas fotos da Reserva Nacional Parque Luro:








40ºC

Na verdade eu nem sei se a temperatura oficial chegou aos 40ºC, mas o meu termômetro, na Kombi, chegou aos 42ºC. Em Porto Alegre o calor já foi absurdo, mas nada comparado ao da província de Buenos Aires.

Em uma de nossas paradas, vimos na TV que a sensação térmica era de 45ºC e o plantão de notícias fazia um alerta para que as pessoas bebessem muita água, mesmo sem sede, que cobrissem a maior parte do corpo se expostos ao sol, que evitassem sair de casa e que ficassem atentos a sintomas como forte de dor de cabeça.

Eu e Carlos Eduardo tomamos umas vinte garrafinhas de meio litro de água mineral..rs. Agora imaginem passar por isso sem ar condicionado! Improvisamos uma solução para aguentar o tranco: molhávamos o corpo com um pano e amarrávamos ora no pescoço, ora na cabeça. Ajudou bastante.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Situação na Argentina

Os argentinos têm aquele jeito que eu gosto, são curtos e grossos, ou seja, objetivos. Não são de muitos sorrisos ou de fala branda, mas o bom atendimento você percebe na linguagem corporal.
Já faz algum tempo que estamos percebendo uma certa falta de paciência com os brasileiros, naqueles lugares lotados de turistas brasileiros, claro.
Este ano eles estão se superando...rs. Parece até uma mágoa pela situação estável da nossa economia que nos coloca em uma ótima situação no câmbio.

Relação do câmbio: 1 peso argentino = R$ 0,4235

O fato é que a economia Argentina está inflacionada. Calcular os preços pela metade não é vantagem alguma. Muitos lugares chegam a cobrar 25 pesos por um prato de massa e outros 30 pelo molho. O preço das bebidas é proibitivo: 22 pesos um copo de suco de laranja e 18 pesos uma garrafinha de cerveja.

Eles nos tratam como se tivéssemos euros ou dólares. No dia em que chegamos a Buenos Aires, fomos jantar na esquina da Esmeralda com a Lavalle. Foi uma facada. Quando o Carlos Eduardo pediu uma segunda cerveja, o garçom disse simplesmente: "no, ya estamos cerrados". Uma grosseria só!

No dia seguinte, 27 de Dezembro, como em outros anos, voltamos a ter problemas para abastecer a Kombi. Falta gasolina em todo país. Desta vez o problema é de distribuição. Ficamos vários minutos em uma fila de um dos únicos postos com gasolina na capital argentina. No caminho para Santa Rosa, província de La Pampa, íamos observando os locais onde havia combustível e abastecíamos por via de dúvida.



Buenos Aires

Em Punta del Este encontramos a agência do Buquebus, empresa que faz o transporte até Buenos Aires, de navio. A idéia inicial era viajar de Montevideu a Buenos Aires, mas não havia mais lugar para os carros. Compramos as passagens com saída em Colonia del Sacramento, no Uruguay, para as 23h30. Isso reduziu nosso tempo em Punta e, mesmo com o tempo apertado, fizemos questão de percorrer toda a Rambla, a avenida que beira o rio-mar, em Montevideu para mostrar a capital uruguaia aos nossos amigos.
Pena que chegamos à noite em Colonia, cidade tombada como patrimônio histórico da humanidade. Vale ir de dia.

Fomos no Buquebus rápido, cerca de 50 minutos para atravessar o Rio da Prata. E o melhor foi ter chegado no mesmo horário que saímos, porque a Argentina não aplica o horário de verão.


Emocionante mesmo foi ver a alegria do Toninho ao chegarmos ao hotel. Ele saiu do carro e deu pulinhos de bailarino espanhol no meio da calle Esmeralda...rs. Depois de duas idas de avião a Buenos Aires, chegar dirigindo foi uma grande conquista. Que bom ter compartilhado esse momento!


Brumas de Punta

Na manhã seguinte, 26 de Dezembro, observamos um fenômeno interessante sobre Punta: a cidade estava envolvida em uma bruma enquanto, onde estávamos, o sol brilhava forte.




Punta del Este

Aduana Uruguya


No dia 25 de Dezembro, depois do almoço, passamos pela aduana do Uruguai. Tentei tirar algumas fotos da Jane e do Toninho, mas o policial bradou: "sin fotos!". A revista foi rápida por causa do movimento de brasileiros com destino a Punta.

Forte Santa Teresa - Uruguay


Logo nos primeiros quilômetros do território uruguaio, passamos pelo forte Santa Teresa. A opção de visitá-lo seria do casal que nos acompanha, já que fizemos a visita ao forte em outra de nossas viagens, mas eles optaram por seguir viagem e chegar a Punta a tempo de ver o pôr do sol.



Na chegada a Punta del Este, como o sol ainda estava alto, fomos direto ao Camping Punta Ballena. Jane e Toninho montaram a barraca com a ajuda do Carlos, fizemos nosso registro e saímos para assistir o espetáculo proporcionado pelo sol.

Camping Punta Ballena




Em tempo: radares no RS

Essa informação é importante: no Rio Grande do Sul foram instalados radares em frente a todos os postos da Polícia Rodoviária. Alguns com velocidade máxima de 60 km/h e outros com 40 km/h. Observe, na foto, as câmeras instaladas nos dois sentidos da rodovia. Melhor ficar atentos!

Nossa ceia de Natal

Então...
infelizmente não consegui fazer a atualização diária mas, vou tentar lembrar aqui as passagens mais interessantes da viagem e postar as fotos que considero as mais belas, "porque hay millones"... rs.

Chegamos ao Chuí, o ponto mais ao sul do Brasil, na noite do dia 24 de Dezembro e, adivinhem: nem uma única birosca aberta para a nossa ceia de Natal. Sorte que havíamos feito a reserva no Hotel Bertelli, em termos, porque a cozinha deles também não estava funcionando. Comemos batatas fritas, de pacote, com refrigerantes e desmaiamos.

Na manhã do dia 25 acomodamos as coisas nos carros, limpamos os vidros e a frente por causa dos insetos mortos na viagem e fomos às lojas do Free Shop. Encontramos apenas uma aberta, a Natural, e por isso as compras ficaram mesmo pra volta.