quarta-feira, 27 de março de 2013

Hora de Seguir

26/01/2013

Depois de dois dias descansando, comendo, dormindo, fotografando e lendo, duas forças opostas aparecem: a preguiça de seguir e a urgência de partir, de descobrir novos destinos.
Foi assim no dia marcado pra sair. Levantamos em torno das 8h e fomos tomar café. Voltamos e desarmamos a barraca, onde deixávamos nossa bagagem, e saímos.
Nosso plano, como disse no início, era voltar a El Calafate e Ushuaia para captarmos imagens que não tínhamos feito em 2007. Uma das opções de novidade era conhecer a ilha de Chiloé, no Chile, sempre adiada pela falta de informação precisa sobre os horários de transporte e preços.
Foi na saída de El Bolsón que o Carlos Eduardo resolveu seguir para a carretera austral, para conhecer a patagônia chilena.
Já tínhamos ido até Futaleufu, no limite com o Chile em outra ocasião com o objetivo de ver o vulcão Chaitén, que estava em erupção. Desistimos porque não havia gasolina em uma distância de 300 Km de estrada de chão e seria muito arriscado ir de Kombi.
Desta vez, com a Nissan X-Terra, não teríamos problema e seguimos até Esquel onde enchemos o tanque de diesel, 21 litros por 100 pesos argentinos, percorridos 3656 Km desde Blumenau.
Em Esquel também almoçamos por 130 pesos.
Não tínhamos mapa, nem ideia das condições da estrada ou de hospedagem.
Entramos no Chile por Futaleufu e seguimos fotografando as primeiras paisagens da carretera austral.
Estas fotos foram tiradas no trecho até Villa Santa Lucia.









No Google não consegui encontrar o local onde dormimos, La Junta.
Veja no mapa que está no site do hotel.
Aí você consegue ver Esquel, Futaleufu, Villa Santa Lucia e La Junta.


Depois de Villa Santa Lucia, onde fotografamos a lua cheia, a noite caiu rapidamente e tudo que queríamos era encontrar um lugar para dormir.
A informação que recebemos de um casal de chilenos foi para dormirmos em Puyuhuapi, onde há um hotel com termas. Pelo que vimos no nosso GPS, seria difícil chegarmos até lá no mesmo dia por causa da estrada de chão. Também estamos acostumados a viajar até tarde na Patagônia, com luz até 22h, mas na patagônia chilena a coisa é bem diferente.
Felizmente encontramos o Hotel de Montanã Espacio y Tiempo, junto a carretera.
A proprietária, uma colombiana, nos recebeu maravilhosamente bem e fez com que nos sentíssemos num oásis. Ela nos deu um guia da carretera austral, de regalo, e nos contou que, neste pequeno trecho percorrido sem a luz do sol, perdemos paisagens maravilhosas.






O Hotel nos custou 140 dólares.

E não há mais onde gastar em todo trecho.
Comemos o que tínhamos de reserva, alguma comida comprada no supermercado de El Bolsón no dia anterior, por 104 pesos argentinos.

Segue um trecho da estrada pra sentir o drama.



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